"você sabia que quando Jesus morreu pelos pecados das pessoas, ele tinha 33 anos, a mesma idade que nós? É incrível que ele aguentou sendo tão jovem. Eu não sou capaz nem de lidar com as palavras que me ferem." - O Amor Mora ao Lado
Esse diálogo me impactou muito no dorama pois ele mostra que Cristo veio à Terra não só para morrer, mas também para viver e mostrar o que era possível se fazer em uma vida - e uma vida tão curta - a juventude de Jesus, e não só isso, mostra o quanto ele humano, como nós ele não foi um ser distante das angústias da idade, mas alguém que experimentou fadiga, dúvidas, alegrias e lágrimas. Isso faz eu me perguntar, como enfrentamos nossas próprias dores, medos e fragilidade
Muitos de nós jovens e adolescentes temos a tendência de dizer que somos muito novos para saber lidar com a vida, com o mundo, com os sentimentos, com o chamado que temos, com as responsabilidades e tantas outras coisas. Esses dias percebi uma coisa, Jesus era jovem, e Ele viveu cada dia em plena consciência de Seu chamado; pois sabia que sua vida humana não iria durar para sempre, Ele não queria perder tempo sem viver Seu chamado, desde a infância, Ele buscava cumprir a vontade do Pai (Lucas 2:49).
Às vezes passamos muito tempo tendo medo de errar e morrendo de ansiedade antes mesmo de começar uma coisa nova ou dar um próximo passo. Mas Jesus nos mostra que o chamado é urgente, e que a obediência não exige perfeição, mas confiança, Ele não diz que não teremos medo ou não passaremos ansiedade mas mostra que é mais importante priorizar o propósito acima do conforto. Quando Pedro duvidou e começou a afundar no mar, Jesus não o criticou por ter medo, mas o resgatou e disse: ‘Por que você duvidou?’ (Mateus 14:31). A lição não é ‘nunca vacilar’, mas aprender a falar em público mesmo com o coração tremendo. Afinal, Ele prometeu: ‘Não temas, pois estou contigo’ (Isaías 41:10).
‘A procrastinação existencial refere-se à tendência de adiar tarefas e decisões importantes, frequentemente por medo de lidar com questões existenciais mais profundas, como a falta de sentido na vida ou a ansiedade face à finitude’
A vida aqui nesta terra é finita, todos nós sabemos disso, e mesmo assim, ficamos parados no mesmo lugar esperando, como se esperássemos que alguém nos ensinasse cada passo, esperando ter mais fé, esperando ver um milagre. Deus nos convida a dançar, mas ficamos com medo de esquecer o ritmo e assim vamos deixando de lado o que nascemos para fazer: servir, amar e crer; Jesus, porém, não esperou o momento certo para falar às pessoas da mensagem de Deus, sua mensagem era imediata: não esperou que os discípulos ‘amadurecessem’ para chamá‑los (Mateus 4:19). Ele simplesmente agiu, porque sabia que cada instante era uma chance de semear o céu na terra. Então Cristo, em seus 33 anos, mostrou que viver plenamente não é uma questão de calendário, mas de entrega, não precisamos de décadas para pregar simplesmente que preguemos em todo tempo, amando mesmo quando o amor custa tudo, servindo mesmo que não seja nossa vontade, crendo que Ele pode e vai prover tudo que necessitamos.
Antes de morrer, Ele viveu! E cada passo d’Ele na terra pode nos fazer enxergar o extraordinário no ordinário. Jesus não esperou ele ter um trono e virar rei para revelar o amor do Pai — até porque sabia que sua vitória estava guardada nos Céus junto ao pai. Transformou água em vinho em um casamento simples (João 2:1-11), sentou‑se à beira de um poço para conversar com uma mulher rejeitada (João 4:7-26) e tocou em leprosos que ninguém ousava chegar perto (Marcos 1:41). Em cada gesto, Ele nos mostrou que o sagrado não está distante – ele habita no pão partido, no abraço inesperado, no trabalho honesto.
Em Sua juventude, Ele enfrentou tentações que nós mesmo passamos: a pressão para provar seu valor (Mateus 4:3), a sedução do poder fácil (Mateus 4:8-9), a dúvida silenciosa de ‘será que vale a pena?’ (Lucas 22:42). Sua decisão de morrer foi o auge de uma vida inteira de amor radical — e isso nos lembra que nossas escolhas diárias moldam quem nos tornaremos.
"pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer‑se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, ainda que sem pecado." Hebreus 4:15 NVI
Cristo não é um ser distante, mas alguém que veio à terra justamente para viver, passar por tudo que nós passamos, ensinar com um estilo de vida transformador, morrer por nós e por fim ressusitar. Ele, melhor que ninguém, entende sua luta para levantar cedo, amar quando o seu irmão parece ser o ser humano mais insensato do mundo e seu medo de não ser suficiente. Ele passou por tudo isso – e, mesmo assim, escolheu confiar. O que temos feito para viver como ele viveu?
Deus nunca olhou para a idade, mas para a disponibilidade, ou seja: não é sobre quantos anos você tem, mas com quanta intensidade você vive cada dia. Jesus impactou o mundo em tão pouco tempo, o que lhe impede de assumir o compromisso de não negligenciar o chamado?
“Assumimos o compromisso de fazer todas as coisas do nosso dia‐a‐dia só depois de responder à seguinte pergunta: ‘O que faria Jesus?’ — Em seus passos o que faria Jesus de Charles M. Sheldon