O Amor Mora ao Lado — nesse caso —literalmente!
Resenha com reflexão
Esse post vai ser um pouco diferente, vou tentar fazer uma resenha do dorama: O Amor Mora ao Lado (que contém spoilers) e uma reflexão ao mesmo tempo.
fonte: Pinterest
Seok-ryu e Seung-hyo são aqueles amigos de infância que a gente torce pra virar casal, mas óbvio que eles enrolam eternidades para se tocar que se amam. Ela ensinou ele a amarrar o cadarço, ele ensina ela a andar de bicicleta, e os dois cresceram discutindo como irmãos — até que o amor bateu na porta de Seung-hyo, mas ele finge que não estava em casa.
Ela fugiu pra outro país, entrou em uma empresa grande e noivou, enquanto ele se tornou um arquiteto renomado e um pouco solitário. Daí, um dia, ela volta sem noivo, sem emprego e com um câncer escondido na bagagem (segredo compartilhado apenas com o ex-noivo). Ele continuou fingindo que a “odiava”, mas suas ações diziam o contrário.
Dito isso, vou destacar alguns pontos e fazer uma reflexão com um tom de espiritualidade:
1. O silêncio separa: a comunicação é indispensável quando se ama.
A relação entre Seok-ryu e Seung-hyo é construída sobre anos de cumplicidade, mas desmorona na ausência de palavras essenciais. Ambos carregam medos que não confessaram: ele, o temor de perder a amizade ou, pior, ser rejeitado pela pessoa que mais ama; ela, a necessidade de proteger os outros de seu sofrimento. A omissão de Seok-ryu sobre o câncer e a decisão de Seung-hyo de ignorar suas mensagens durante o tratamento são sintomas de uma péssima comunicação. E isso nos mostra uma verdade que incômoda: relacionamentos não morrem por grandes tragédias, mas pela falta das pequenas verdades que deixamos de dizer no dia a dia.
2. Vasos tortos
A analogia que compara pessoas a peças de cerâmica: assim como a cerâmica, nós também precisamos ser moldados. Para alcançar nossa forma final e beleza, é necessário passar pelo fogo. Na vida cristã, isso faz muito sentido. Quando entregamos nossa vida a Cristo, nos tornamos como barro nas mãos do oleiro. Ele nos molda conforme a sua vontade, nos transformando em vasos que podem ser usados para propósitos maiores. No entanto, esse processo não é simples. Para que o vaso esteja pronto, ele precisa ser colocado no fogo. É esse calor, essas provações e desafios que dão a resistência necessária para que o vaso cumpra seu propósito. Da mesma forma, na nossa vida espiritual, o fogo das provações fortalece, purifica e molda nosso caráter. Passar pelo fogo não é o fim, mas faz parte do processo de se tornar uma pessoa mais forte e capacitada para cumprir os planos de Deus. Seok-ryu precisa passar por inúmeras coisas até redescobrir seu propósito, mas, no final, ela se torna uma pessoa muito melhor do que esperava; as provações não são castigos, mas convites a depender de Deus, o Oleiro que molda nossa fragilidade em resiliência.
3. Culpa, vulnerabilidade e perdão
Seung-hyo carrega o peso de não ter atendido ao pedido de ajuda — mesmo que indireto — de Seok-ryu durante seu tratamento. Sua culpa o consome, até que ele entende que o perdão — tanto para si quanto para ela — é a única saída. Vendo isso, lembrei de Colossenses 3:13 "Perdoai-vos uns aos outros", que mostra o perdão não como solução da dor, mas permite que ela se transforme em compaixão. Quando Seok-ryu finalmente compartilha seu medo da recaída, e ele admite seu arrependimento, ambos descobrem que a vulnerabilidade é a linguagem do amor maduro.
4. Sucesso não é dinheiro
A atitude de Seok-ryu de abandonar sua carreira que estava construída, para ir viver sua verdadeira vocação, é um manifesto contra a idolatria do sucesso. O dorama, aqui, critica sutilmente a pressão social que confunde realização com aprovação alheia — algo que muitos cristãos enfrentam ao buscar seu chamado.
Mais que uma história rasa de TV, um convite à autenticidade.
Assistir a dramas como este pode ser mais que entretenimento: experimente uma forma de enxergar, através de personagens fictícios, as verdades de Deus.
fonte: Pinterest
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